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24 setembro 2006

Incógnita Alquimia: novo album dos Dazkarieh

Estava marcado para ontem à noite, no Mosteiro dos Jenónimos, o espectáculo de apresentação do novo album dos Dazkarieh, "Incógnita Alquimia". Mas sexta-feira recebi um mail a informar que, devido a previsão de chuvas fortes para a noite de sábado, o concerto foi adiado para o próximo sábado. E eu que vou estar fora de Lisboa no próximo fim.de-semana tenho agora de descobrir o que faço a dois bilhetes...

Bom, do mal, o menos. Os Dazkarieh iam hoje à FNAC do Colombo promover o album, por isso fui até lá dar comprar o album e ver o grupo ao vivo. Com a formação muito alterada desde o último album, são agora um quarteto e trocaram de vocalista, acho mesmo que da formação inicial só resta o Vasco Casais. Abstraindo os problemas de som típicos do espaço, foi um espectáculo agradável, surpreendendo mesmo como conseguem criar tanta sonoridade com apenas três instrumentos. Gostei especialmente da prestação do Vasco com a nyckelharpa electrificada.

Quanto ao album, após primeira audição, fiquei algo decepcionado. Até aqui os Dazkarieh brindavam-nos com musicas que escapavam a uma "etiqueta", não sendo propriamente musica céltica nem musica "tradicional" portuguesa. Era algo de novo, verdadeira world music. Em "Incógnita Alquimia", mantém-se em parte a sonoridade, mas a incursão por temas cantados em português quebra o encanto que até agora o som do grupo mantinha. Ao abandonar os temas vocalizados em "dazkariano" os Dazkarieh descem à terra e, na minha opinião, deixam de ser um grupo verdadeiramente diferente para passarem a ser "apenas" um bom grupo de música portuguesa.

Uma coisa que reparei foi que a prestação da Joana Negrão me pareceu melhor ao vivo que na gravação em CD. Pergunto-me quanto tempo trabalhou ela com o grupo antes de entrarem em estúdio. E para acabar, o album em sí merece também um comentário: a capa é totalmente feita de cortica, o que por um lado confere ao trabalho um aspecto original (e frágil) e por outro limita a utilização de plástico ao CD. Não sei qual é o impacto ambiental desta utilização da cortiça, mas é interessante...

17 setembro 2006

Mandrágora

Mandrágora No segundo dia da Festa do Avante, às 15:00 no palco 1º de Maio, actuaram os Mandrágora e eu não consegui chegar à Atalaia a horas de estar presente. Fiquei lixado, porque era um dos espectáculos que mais queria ver este ano na Festa.

Admito que até ontem conhecia muito pouco do grupo, apenas por referências cruzadas aqui e ali na internet. Mas tinha ouvido um ou outro tema de passangem e pareceu-me interessante. E nada melhor que uma audição ao vivo para "sentir" a musica. Paciência, ficou para outra vez.

Para compensar, hoje comprei o album e após a primeira audição, estou completamente rendido aos Mandrágora. Que sonoridade! Sem excepção, todas as 14 musicas que compõem o album são de grande nível. É fantástico ver que em Portugal se produz musica de excelente, que é depois posta de lado pelas radios. Por mim, este é um grupo que vou seguir de perto. E há tantos outros ainda para descobrir.

Mas o que mais me surpreendeu (pela positiva) foi algo que o album não tem. Antes de adquirir um album, faço questão de saber quem é a editora. Era muito triste que fosse mais um grupo que vendeu a alma à Sony, como é caso dos Gaiteiros de Lisboa. Mas não, o album foi editado pela Zounds, que parece ser bem independente. Melhor ainda: não encontrei uma unica menção à reserva dos direitos de autor, nem um único simbolo de copyright (os direitos de autor são direitos, semear "©s" é redundante), quer na capa, quer no CD. Só isso valeu dinheiro que paguei. Melhor, só se tivesse encontrado uma licença Creative Commons.