21 junho 2007

The universal soldier

Parece que nem todos os soldados que os EUA enviaram para invadir libertar o Iraque são peões sem vontade própria. Aparentemente alguns têm não só vontade própria mas também coragem para a afirmar.

Eli Israel, 26 anos, tomou uma importante decisão no dia 19 de Junho ao comunicar aos seus superiores que se recusava a participar em mais acções de combate no terreno, incluindo a "escolta de representantes de coorporações"

“I have told them that I will no longer play a ‘combat role’ in this conflict or ‘protect corporate representatives,’ and they have taken this as ‘violating a direct order.’ I may be in jail or worse in the next 24 hours.

Please rally whoever you can, call whoever you can, bring as much attention to this as you can. I have no doubt that the military will bury me and hide the whole situation if they can. I'm in big trouble. I'm in the middle of Iraq, surrounded by people who are not on my side. Please help me. Please contact whoever you can, and tell them who I am, so I don't ‘disappear.’”

No fundo, penso que Eli Israel é apenas um dos muitos que integram as forças invasoras de libertação e que se apercebem que foram enviados para defender interesses que não são nem seus nem dos iraquianos. Eli teve a coragem de falar, e agora arrisca as consequências por defender as suas ideias.

Como diz a canção de Donovan:
He is the Universal Soldier
and he realy is to blame,
his orders come from far away no more.
They come from here and there,
from you and me,
and brothers, can't you see,
this is not the way we put an end to war.

20 junho 2007

Diário de uma migração

Depois de dois dias a usar o Kubuntu confirmam-se as minhas expectativas: não tive problemas de maior na transição para nova distribuição. Já tenho todas as aplicações que necessito instaladas, todos os meus dados estão acessíveis e estou a familiarizar-me rapidamente com as diferenças de gestão do sistema. Num breve olhar, algumas das diferenças que noto são:

1. O sistema de gestão de pacotes baseado no apt-get é muito mais simpático que o zypper. Acima de tudo, o zypper é novo de mais para servir de base a uma distribuição tão popular como o OpenSUSE, acho que foi um erro a sua adopção tão cedo. Uma das coisas que me surpreendeu no kubuntu foi a integração do conteúdo dos repositórios com a shell:


rmm@vincent:~$ traceroute
A aplicação 'traceroute' poderá ser encontrada nos seguintes pacotes:
* traceroute-nanog
* traceroute
Tente: sudo apt-get install
bash: traceroute: comando não encontrado


2. A gestão de energia, out-of-the-box, para a minha máquina, está tão boa/má no kubuntu como estava no OpenSUSE. Em ambos os casos foi necessário massajar um pouco para os por a funcionar. Eventualmente a opensuse está ligeiramente à frente pois já integra o uswsusp com o desktop. Mas o meu sistema será sempre um caso difícil porque a BIOS não reporta a informação do sistema como deve ser:

rmm@vincent:~$ sudo s2ram
Password:
Machine is unknown.
This machine can be identified by:
sys_vendor = " "
sys_product = " "
sys_version = "Revision A0"
bios_version = "V1.0 R01-A1B "


3. A placa de rede wireless (pcmcia) é a única coisa que tenho pendente, visto que aparentemente o linux-2.6.20 do kubuntu 7.04 porta-se de maneira diferente do linux-2.6.18 do OpenSUSE 10.2. Há vários relatórios no launchpad que podem estar relacionados, mas por enquanto não tenho solução.

18 junho 2007

Bom dia Kubuntu.

Passados mais de 3 anos a usar SuSE como base do sistema operativo (desde o SuSE 9.31 até ao OpenSUSE 10.2), chegou a altura de mudar de distribuição. Os principais motivos para a mudança foram a curiosidade em explorar a fundo o Ubuntu e as péssimas decisões da Novell em relação à comunidade. Apesar de o OpenSUSE não estar, teoricamente, dependente da Novell, do ponto de vista pessoal acho importante que as políticas em relação à comunidade sejam claras, pelo que, como parte da comunidade prefiro gravitar em torno de projecto menos ambíguos.

Assim, depois do Mandrake, Red Hat, Gentoo e SuSE, chegou a vez de dar uma voltinha a sério pelo Ubunto, na vertente de KDE. Fiz a instalação ontem, e hoje estou pela primeira vez a sentar-me em frente do novo desktop.

Como era de esperar, não houve problemas na instalação num filesystem novo, se bem que tive de escolher a opção de particionar manualmente, porque o instalador insistia em usar a minha antiga partição de home como swap. Numa primeira ronda, apenas detectei duas coisas que estavam a funcionar no OpenSUSE e que (ainda) não estão operacionais no Kubunto: A hibernação e a placa de rede wireless (PCMCIA).

No caso da hibernação, também não funcionava out-of-the-box no OpenSUSE, pois a BIOS não reporta correctamente a versão, logo não encontra a entrada na lista de hardware suportado. Não deve ser difícil de por a funcionar, assim que descobrir como é que o Ubunto implementa a gestão de energia.

Já no caso da placa wireless, a coisa parece mais estranha. Apesar de estar a funcionar com o live CD, quando o sistema arrancou de disco não estava a funcionar, devido a um problema qualquer com um interrupt de PCI. Tive de activar o acpi=nopci no arranque do kernel para ela ser activada. No entanto, mesmo assim não estou a conseguir fazer a ligação ao meu access point. Parece-me que aqui vou ter que partir pedra...

Bom agora é só copiar as minhas velhas coisas do backup. Decidi deixar de usar o fileystem de home, que já vem dos tempos do Gentoo e já estava a precisar de uma limpeza.